Tipos de pintura não influem na qualidade

Para quem vai comprar um veículo, é bom saber que os tipos de pintura não tem diferença de qualidade. Sólidas, metálicas ou perolizadas, as pinturas dependem da correta manutenção para terem boa durabilidade

Sólida, metálica ou perolizada? Os tipos de pintura que estão disponíveis nas linhas de veículos da montadoras, atualmente, são diferentes apenas quanto ao processo e técnicas utilizados na aplicação das tintas. As sólidas e as metálicas costumam ser mais baratas, enquanto que as perolizadas são mais caras e belas, pois mudam de tonalidade conforme a incidência de luz e o ângulo de observação.

Quanto à durabilidade e facilidade de manutenção, não há diferença entre os tipo de pintura. O mais importante é fazer a manutenção de modo adequado. Essa é a opinião do pintor de autos, Carlos Roberto Abílio.

Dentro do grupo das pinturas sólidas, existem dois subtipos que são a poliester lisa e a PU. De acordo com o pintor, a poliester lisa é um tipo de pintura que usa cinco ou seis demãos (camadas) de tinta e precisa ser envernizada. Já a sólida PU, é feita sob catalização. “A tinta tem que ser diluída, catalizada com a utilização de um catalizador e aplicada com, no mínimo, três demãos”, explica Abílio. Todas as pinturas necessitam, após a aplicação da última camada, do lixamento e do polimento, para completar o processo. “O importante é que as camadas de tinta sejam aplicada sobre uma base de boa qualidade. Essa base, que é aplicada sobre a lataria do carro é composta de um produto chamado Primer Poliuretano. Já a pintura metálica é a pintura comum, que não utiliza nenhum processo específico na sua aplicação e exige de cinco a seis demãos de tinta”.

A pintura perolizada, por sua vez, é quase sempre a mais cara por apresentar vários tipos de pigmentação e alumínio em sua composição, o que confere ao veículo a sensação de “mudar de cor”, dependendo da luminosidade ou do ângulo no qual se observa o veículo. Para esse tipo de pintura é preciso aplicar mais camadas que o necessário para “cobrir” a lataria em função do efeito de multipigmentação.

De acordo com Abílio, as diferenças de preços quanto aos tipos de pintura, estão relacionadas às cores. “Por exemplo, o vermelho, o azul e o preto são cores caras. Principalmente o vermelho é muito mais caro, porque é feito de matéria prima com preço maior”, comenta.

Existe mais uma diferença no que se refere às tintas utilizadas no processo de pintura. Segundo Abílio, há a possibilidade de solicitar para a fábrica, a tinta pronta para o uso ou para a preparação posterior na oficina (neste caso a tinta vem concentrada). “Normalmente, aqui na oficina nós utilizamos as tintas prontas para o uso que tem um custo relativamente mais baixo”, comenta Abílio.

Para os proprietários de veículos automotores que estão precisando fazer a funilaria e a pintura, a dica do pintor é que levem os seus carros em oficinas especializadas, que apresentam mão-de-obra treinada.

“O melhor é que o proprietário leve o seu carro numa oficina credenciada, que possa mecher no veículo. A pessoa tem que tomar muito cuidado com isso”, completa.