Coroa melhora no segundo desfile

Escola supera problemas do primeiro dia e faz boa apresentação

Muito mais bonita e cheia de garra entrou a Coroa Imperial da Grande Cidade em seu segundo desfile, anteontem, no Sambódromo. Empolgada e com fantasias e carros alegóricos seguindo o figurino, a agremiação do Geisel, desta vez, fez uma apresentação mais condizente com sua condição de vice-campeã do Carnaval 2000.

No aspecto geral, deu a impressão que o desfile de sábado era apenas um esboço da apresentação que a Coroa Imperial queria realmente para este ano.

A comissão de frente, representando guardiões da noite, chegou com as fantasias em preto e prata completas, assim como o carro abre-alas, com sua grande coroa, símbolo da escola.

Visualmente mais luxuosa, a apresentação confirmou o talento do carnavalesco Jorge Santana, que, inteligentemente, faz milagre com material reciclado.

Um dos carros que havia saído incompleto, no sábado, era o que vinha representando um bar, cheio de gente batucando, bebendo e cantando. Desta vez, menos “vai quem quer”, a alegoria conseguiu transmitir o recado do enredo, “Depois das 18, te Encontro, te Encanto e te Conto”, um dos melhores deste Carnaval.

Em relação às fantasias, o mesmo ocorreu com o casal mestre-sala e porta-bandeira e na ala da bateria. Na primeira noite, o mestre-sala Anderson estava visivelmente abatido por sua fantasia não entrar na avenida completa. Na segunda-feira, o contratempo foi reparado e o mestre-sala empolgou o público com pulos em meio à sua coreografia.

A bateria, que havia desfilado sem os acessórios de cabeça, na noite de anteontem entrou como deveria. O mestre Landinho respondeu com empolgação à nova “cara” de sua ala. O resultado foi uma apresentação concisa e marcante dos instrumentistas, confirmada pela bela madrinha que vinha à sua frente.

O bom humor marcou a ala “clubber”, com drag queens coloridas e muito bem “montadas”. Seguidas do carro com o charmoso nome de “Boate Coroa Disco Clube”, desta vez com os efeitos de movimento de globo funcionando perfeitamente.

O carro que representava um motel, com muito mais destaques que no primeiro desfile, mostrou um clima de verdadeira “orgia”, muito coerente com o enredo e com a própria sensualidade que o Carnaval representa, explorada, aqui, sem apelações e com muito bom gosto.

Apesar do samba ter sido acompanhado por dois violões, além do convencional cavaco, os instrumentos não eram ouvidos na avenida. Prova de que, mais uma vez, o sistema de som precisa ser revisto.