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SAI começará a ser trabalhado em Bauru

SAI começará a ser trabalhado em Bauru

Thaís da Silveira
Um treinamento realizado, ontem, no Centro de Treinamento do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) marcou o início dos trabalhos do Sistema Agroindustrial Integrado (SAI), um projeto que tem como objetivo oferecer assessoria gerencial, tecnológica e administrativa ao produtor rural. Apesar de acreditar no projeto, o Sindicato Rural de Bauru crê que haverá dificuldades para que os resultados cheguem aos que estão projetados inicialmente.

O SAI é uma parceria entre o Sebrae e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo e que terá apoio da Secretaria Municipal de Agricultura (SMA). No treinamento inicial, estiveram presentes os técnicos que atuarão no sistema, além de representantes do Sebrae, da SAA, SMA e do Sindicato Rural de Bauru.

De acordo com Paulo Roberto Tebaldi, gerente regional do Sebrae, o projeto tem como foco principal o desenvolvimento dos 15 municípios com os quais trabalha. “Para isso, estará atuando com grupos potenciais em desenvolvimento no setor de agronegócios.”

Para a operacionalização deste trabalho, estão sendo criados módulos regionais de 15 municípios, que serão trabalhados pelos técnicos a partir de suas peculiaridades. “Nós vamos entrar em cada município, ver quem são os grupos de produtores, avaliar qual é o potencial deles com relação ao mercado e trabalhar para desenvolvê-los de forma empresarial.”

De acordo com Silvia Abeid Furio, consultora do Sebrae, o trabalho em parceria é mais uma segurança para que as metas propostas sejam alcançadas. “O Sebrae trabalha da porteira para fora. Ele vai fazer a capacitação, formação dos grupos, associativismo e cooperativismo. A Secretaria da Agricultura entra na extensão rural. Ou seja, as informações técnicas do produto. A Secretaria tem um conhecimento muito profundo. É uma parceria de âmbito estadual.”

Tebaldi esclarece que o SAI envolve fornecedores de insumos para a produção agropecuária, produtores rurais, agroindústrias e os sistemas de comercialização e distribuição da produção regional. “A Cati, por meio do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Bauru, que é o representante da Secretaria da Agricultura do Estado, com toda a sua especificidade, atua da porteira para dentro. Qual é a grande dificuldade, hoje? O produtor produzia e não tinha para quem vender, para quem comercializar. Nós vamos trabalhar tudo isso, durante três anos.”

A partir da semana que vem, o SAI vai iniciar o trabalho de elaboração de diagnósticos dos municípios envolvidos.

O gerente regional do Sebrae acrescenta que os técnicos estarão à disposição do município avaliado, no período de uma semana, todos os meses, durante os três anos do trabalho do SAI, já que o objetivo é tornar o projeto auto-sustentável. “Eles passarão uma semana na cidade, com toda a comunidade local, buscando o melhor diagnóstico para o desenvolvimento do município.”

O presidente do Sindicato Rural de Bauru e vice-presidente da Federação da Agricultura, Maurício Lima Verde Guimarães, destaca que o SAI é um projeto ideal, no papel, e deve ter bons resultados, se for bem trabalhado.

Lima Verde disse que pode haver dificuldade na hora de fazer os diagnósticos, porque o proprietário rural é, na maioria dos casos, resistente a fornecer informações dignas de crédito. “O proprietário rural é refratário a dar esse tipo de informações. Por isso, as estatísticas rurais são 80% furadas, porque tem diversos preconceitos para não dar informação”, afirmou.

O presidente do Sindicato Rural diz acreditar na possibilidade do SAI ter bons resultados, em razão da competência do pessoal envolvido no projeto, tanto do Sebrae quanto da Cati. Para ele, o projeto é ambicioso e fará que o produtor tenha mais conhecimento na hora da comercialização, que é um ponto crítico do processo.




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