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15/02/01 00:00 -

A CHUVA E A DEFESA CIVIL

A CHUVA E A DEFESA CIVIL

Luiz Francisco Fernandes da Silva
Infelizmente, sou obrigado a discordar do sr. coordenador da Defesa Civil de Bauru. Mobilizar a sociedade para angariar produtos diversos para os desabrigados não é uma tarefa difícil. Difícil é o Poder Público procurar evitar que haja desabrigados, pois não se vê trabalho neste sentido nos bairros, ao contrário, o que se vê são apenas medidas paliativas que não resolvem em nada os problemas deste povo tão sofrido e desamparado. O sr. coordenador da Defesa Civil afirma que fora avisado apenas com duas horas de antecedência pelo Instituto de Meteorologia e que nada pôde fazer porque não tinha recursos, não estava precavido e o tempo não lhe foi suficiente.

De imediato eu discordo e veja porque:

Convido o sr. coordenador, os srs. leitores e até mesmo os senhores promotores públicos para, juntos, voltarmos um pouco no tempo. Quem era o coordenador da Defesa Civil de Bauru quando outras mortes aconteceram? Não é admissível. Uma pessoa venha a falar que não houve tempo hábil ou que não tinha recursos para prevenir uma catástrofe como esta que voltou a assolar nossa Bauru com mortes de inocentes, entristecendo mais uma vez toda uma cidade.

O trabalho de prevenção não era para ser feito em apenas duas horas, mas sim, já estar previsto há algum tempo ou até mesmo há alguns meses, pois é claro e sabido principalmente da Defesa Civil, que os meses iniciais do ano sempre foram fatídicos para nossa tão desprezada cidade.

Queira Deus que a Promotoria, assim como foi rigorosa no cumprimento de seus deveres no caso das propinas (leia-se ex-prefeito), seja ainda mais nestes casos, pois, caso contrário, estaremos vendo no início do próximo ano mais mortes de inocentes acontecendo e nenhuma providência sendo tomada. O mais revoltante, porém, é ver nossas autoridades dando as desculpas esfarrapadas de sempre e não procurar solução para resolver o problema de uma forma definitiva. Como diria Boris Casoy, “isto é uma vergonha”.

Em tempo: peço minhas desculpas publicamente à Promotoria Pública caso alguma atitude já esteja sendo tomada neste sentido, mas penso que a impunidade não pode continuar a acontecer, caso contrário, vidas humanas novamente estarão rolando rio abaixo por incompetência ou negligência de alguém. (Luiz Francisco Fernandes da Silva - RG. 9.710.066)




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