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10/02/01 00:00 -

Moradores fazem barricada para protestar

Moradores fazem barricada para protestar

Rose Araujo
Revoltados com o estrago causado pela chuva de quinta-feira à noite, que deixou a cidade em estado de calamidade pública, moradores da Vila Ipiranga decidiram bloquear a passagem na rua Moacyr Teixeira, altura da quadra 8, por volta das 15 horas. Com os móveis e objetos destruídos pela enxurrada eles fizeram uma barricada, impedindo que os carros subissem a rua Rodolfina Dias Domingues, transversal a ela.

A Polícia Militar foi chamada ao local para organizar a manifestação. O segurança Elcio Aparecido da Silva, que mora na rua afetada pelas águas, disse que a idéia não era atrapalhar a vida das pessoas que transitam pelas ruas, mas chamar a atenção das autoridades para o grave problema que atinge o bairro. “Só assim o prefeito nota a nossa presença. Esse problema não é de hoje. Há anos enfrentamos a erosão na rua, mas ninguém resolve nada”, disse.

A galeria de águas pluviais ficou totalmente exposta depois que a enxurrada passou pela rua. Casas foram invadidas pela chuva e moradores perderam todos os seus pertences. “Estou vestindo roupas que foram emprestadas por uma amiga. A enchente estragou toda a minha casa e levou meu carro embora”, lamentou a telefonista Rosângela da Costa Nunes e Oliveira.

O veículo - um Fusca branco - foi parar a cerca de 100 metros do local onde estava parado. Ficou completamente destruído e, para piorar a situação, durante a madrugada vândalos depenaram o que sobrou dele.

De acordo com a dona de casa Sergina Fernandes Rodrigues, durante a campanha eleitoral, o prefeito Nilson Costa (PPS) havia feito uma reunião com os moradores da região no Centro Comunitário do bairro, prometendo que a construção de galerias de águas pluviais seria uma das prioridades de seu governo. “Ele ganhou a eleição e não fez nada por nós. O estrago está aí. Todo o mundo sabia que isto iria acontecer e a chuva nem precisaria ser tão forte como a de ontem para causar tantos danos”, salientou.

Rosângela reclamou do atendimento prestado pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Segundo a telefonista, a empresa não quis prestar socorro quando ela ligou pedindo para mandarem um carro para retirar o poste de luz de sua casa, que ameaçava cair. “Já pensou se uma criança encosta ali e toma um choque? Eles não pensaram nisso e disseram que era para eu procurar um eletricista”.

A Polícia Militar isolou a área, já que o muro da casa também estava inclinado.
Um funcionário da Secretaria Municipal de Obras esteve no local para ouvir as reivindicações dos moradores. Edmilson Queiroz Dias, titular da pasta, disse que irá repassar para o prefeito as reclamações, mas lembrou que o problema é geral pela cidade.




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