Foi realizada, ontem, uma reunião do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência Física (Comud) para discutir questões relativas ao atendimento de doentes renais crônicos no Centro de Hemodiálise do Hospital de Base.
De acordo com Francisco Takao Kajino, coordenador geral do Comud, o índice de mortes de doentes renais crônicos tem crescido significativamente, assim como as reclamações dos pacientes quanto ao atendimento oferecido pelo Centro de Hemodiálise.
As reclamações são diversas, mas os pacientes reivindicam principalmente a instalação de equipamentos novos que hoje não funcionam, além de questionar a falta de informações sobre o tratamento por parte dos médicos.
Takao afirma que alguns pacientes morreram por embolia gasosa. O equipamento que poderia evitar a fatalidade estaria parado há um ano. “As médicas alegam falta de espaço físico no Centro de Hemodiálise.”
Diante dessa situação, o representante dos deficientes orgânicos no Comud, José Paulo Bento Martins, solicitou ao órgão que convocasse a reunião, na qual estiveram presentes representantes da Associação Bauruense de Apoio aos Renais Crônicos (Abrec), da Associação Hospitalar de Bauru (AHB), da Secretaria de Saúde e da Secretaria do Bem-Estar Social (Sebes), além de médicas do Centro de Hemodiálise.
O Comud cobrou da Abrec uma atuação mais efetiva, capaz de disponibilizar aos pacientes mais informações sobre seus direitos e sobre como devem proceder em relação à deficiência. “Muitos pacientes sentem-se constrangidos por falta de informação sobre o tratamento”, disse Takao. Em contrapartida, a Abrec alega falta de verbas para melhorar o atendimento aos associados.
De acordo com Takao, será realizada uma visita ao hospital para averiguar as reais condições do atendimento e convocar nova reunião.
|
máx. 31° / min. 12°
