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21/01/01 00:00 -

Cultura é considerada ponto negativo

Cultura é considerada ponto negativo

Daniela Bochembuzo
As limitações na área cultural são apontadas como ponto negativo pelas pessoas que vêm morar em Bauru

Os migrantes entrevistados pela reportagem são unânimes em afirmar que a área cultural é o ponto negativo de Bauru. “Faltam opções culturais”, diz o desenhista industrial Luiz Fernando Fernandes Leite Junior. “É raro ter grandes peças teatrais e de qualidade”, opina o professor Geraldo Magela Alves. “Sinto falta em tudo: teatro, cinema, dança...”, escancara o também desenhista industrial Pablo Frioli de Oliveira Rodrigues.

Sob alvo das críticas, Sérgio Losnak, secretário municipal da Cultura, reage. “A cidade passou por um período de ostracismo cultural e agora que os espaços estão voltando a ser ocupados. Bauru tem muitos talentos artísticos. A questão é que nós, como agentes culturais, temos dificuldades em trazer o público”, sustenta.

Para embasar sua análise, Losnak cita dados do levantamento realizado pela secretaria municipal em relação ao Teatro Municipal. Durante o exercício de 1999 (9 meses), o local recebeu um público de 30 mil pessoas, o que representa 9,5% da população bauruense.

Apesar do índice representativo, ele não é qualitativamente significativo. “O teatrão, como nós chamamos o teatro comercial, que na maioria das vezes tem pouca qualidade, é que que atrai público maior. Os espetáculos de bom nível registraram, em média, 200 espectadores e isso é muito preocupante”, afirma.

De olho nesses dados, a Secretaria Municipal da Cultura estuda estratégias para formar público e, assim, aumentar o interesse por eventos artísticos de melhor nível qualitativo. “Precisamos trazer aqueles que estão alheios aos movimentos artísticos, mas de maneira a contribuir para que ele saiba reconhecer o que é legal ou não, para dizer se gosta ou não. O importante é opinar, criar cultura”, salienta Losnak.

Cheio de idéias e com um time competente na secretaria, Losnak aposta no tempo e nas ações públicas para cativar o público inerte. “A sociedade será menos ruim e mais sensível quando tiver melhor relacionamento e acesso à cultura”, aposta.






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