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18/01/01 00:00 -

Sesc promove oficina de percussão

Sesc promove oficina de percussão

Redação
O Sesc Bauru promove nos dias 20, 21, 27 e 28 de janeiro (sábados e domingos), das 14 às 18 horas, a oficina de “Construção de Instrumentos de Percussão e Tambor de Maracatu”. Com orientação do músico e luthier Afonso Menino, os participantes construirão instrumentos e conhecerão os ritmos percussivos.

Afonso Menino é músico percussionista, luthier (artesão de instrumentos musicais), pesquisador do folclore brasileiro, regional e africano, e há anos vem pesquisando também os instrumentos afro-brasileiros, tendo realizado sua primeira exposição em 1990, no espaço Cândido Portinari, no Centro Cultural Clara Nunes, em Diadema (SP).

Atualmente residindo em Bauru, além de suas pesquisas, vem desenvolvendo oficinas nas quais compartilha seus conhecimentos.

Nesta próxima oficina no Sesc, ele ensinará noções básicas sobre o que é um instrumento musical e sua função; como construir instrumentos musicais ligados ao folclore brasileiro (pandeiro, surdo, atabaques) e também como tocá-los. Vai abordar ainda a história desses instrumentos, que até hoje são utilizados.

História

Os instrumentos de percussão da classe dos tambores, ou de peles, segundo a classificação de alguns estudiosos, são encontrados em todas as culturas sem exceção. Trata-se das mais primitivas formas de instrumentos musicais, consistindo-se numa pele (de animal ou sintética) esticada, na qual se percute com as mãos ou baquetas, presa a um corpo de madeira ou metal, que ressoa o ataque sobre o “couro”.

Os tambores presentes na cultura são utilizados indiscriminadamente tanto em rituais religiosos, como os do candomblé, quanto em festividades, como o Carnaval. Vários são os tipos de tambores, cada qual possuindo sua própria família, constituída de instrumentos do mesmo tipo com tamanhos variados.

Os ylus são os maiores, podendo ser construídos com barricas, e equivalem aos surdos das escolas de samba. Não há denominação específica para cada membro da família.

Já os atabaques equivalem às tumbadoras e, a exemplo destas, são executados em solo, duo ou trio de instrumentos. Em seus diferentes tamanhos recebem vários nomes, como lé (o menor), pi (o médio) e rum (o grande).

Os batás constituem-se em dois tipos. Um é o de uma face, ou batá de oxum. O outro, de duas faces, ou batá de xangô.

O primeiro se assemelha ao bongô, ou ainda às tablas indianas e podem ser feitas com cabaça. O segundo tem suas extremidades cobertas com peles e não tem similares nas culturas ocidental.

Bastante curioso é o tambor falante, que possui esse nome pelo fato do instrumentista poder alterar a afinação da pele, pressionando com os braços as cordas que a estica. Tal efeito, com outras técnicas, é obtido de maneira similar nos tímpanos, também conhecidos como dundum.

Serviço

Oficina “Construção de Instrumentos de Percussão e Tambor de Maracatu”, com Afonso Menino, sábados e domingos, dias 20, 21, 27 e 28 de janeiro, das 14h às 18h. Na Sala de Uso Múltiplo 1 do Sesc. R$ 10,00 e R$ 5,00 (matriculados, estudantes com comprovante e pessoas acima de 65 anos). Avenida Aureliano Cardia, 6-71. Informações: 235-1750.




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