Um grupo formado por 15 mães de alunos matriculados na Emef do Parque Santa Edwirges protestou, ontem à tarde, contra o atraso na construção da escola do bairro. Elas temem que a obra não seja concluída até o início das aulas, previsto para 8 de fevereiro. Se isso ocorrer, seus filhos, com idade de 7 anos e matriculados na 1.ª série, deverão estudar em unidade localizado no Núcleo Fortunato Rocha Lima.
De acordo com as mães de alunos, a Emef do Santa Edwirges começou a ser construída no segundo semestre do ano passado e deveria ter sido entregue no final de dezembro, mas o prazo expirou. No momento, a construtora responsável pela obra está rebocando as paredes da escola.
“Estamos preocupadas com o andamento da obra, está muito devagar. Além disso, não recebemos nenhuma lista de material escolar”, reclama a dona de casa Marilza Alves da Silva, cujo filho de 7 anos está matriculado na Emef do Santa Edwirges.
Francisca Tavares da Silva queixa-se do descaso da Secretaria Municipal da Educação com os alunos matriculados na unidade do bairro. “Se as obras não terminarem, os meninos terão que estudar no Fortunato Rocha Lima, que é bem longe daqui”, diz.
As mães, com o apoio da Associação de Moradores do Santa Edwirges, reivindica que representantes da Secretaria Municipal da Educação realizem uma reunião com os moradores para apresentar o cronograma das obras e a lista de material escolar. No caso da construção não ser concluída até 8 de fevereiro, elas solicitam que o órgão ofereça transporte escolar para os alunos matriculados na Emef.
Outra reclamação refere-se às vagas na escola. Inicialmente, de acordo com a associação de moradores, a unidade iria oferecer 420 vagas em classes de 1.ª a 8.ª série, mas em 2001 serão oferecidas apenas os quatro primeiros anos do ensino fundamental. “Queremos saber a razão dessa mudança”, afirma Vivaldo Pereira Martins, presidente da entidade.
Outro lado
Paula Medeiros Prado Silvestrini, diretora da Divisão de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação, afirma que está atenta ao atraso das obras da Emef do Santa Edwirges, mas garante que as crianças matriculadas na entidade não terão o ano letivo comprometido pelo problema.
“Já elaboramos um esquema de emergência e, caso a Emef não seja concluída, os alunos matriculados na 1.ª série irão estudar em unidades próximas ao bairro, em períodos intermediários e com transporte escolar garantido”, afirma Paula.
No caso de estudantes matriculados de 2.ª a 4.ª série, a diretora explica que continuarão a freqüentar a mesma unidade em que estudavam no ano passado, também com direito a transporte escolar. Depois de concluídas as obras, eles serão transferidos para a Emef do Santa Edwirges.
Já os alunos matriculados em escolas estaduais deverão requerer transporte escolar junto aos diretores da unidade em que estudam, os quais remeterão o pedido à Secretaria Municipal da Educação.
Sobre a lista de material escolar, Paula garante que as mães serão informadas sobre o assunto em tempo hábil.
Se a secretaria for avisada de que as obras da Emef não serão concluídas até o início das aulas, os pais serão informados via Imprensa sobre como proceder em relação às escolas e ao transporte escolar, que terá pontos de ônibus distribuídos pelo bairro onde os estudantes residem.
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