... Só que nós, povo, sofremos com a ressaca, estrondosa ressaca!
Pensar, sentir e atuar numa mesma direção, isso é coerência! Sendo o Poder uma batida de limão, de fato o (des)governo de Dom Fernando II não largará o vício.
As suas propostas são um porre federal e, como todo porre, agride insensivelmente alguns conceitos clássicos. Exemplo: o Estado, enquanto instituição, deveria ter dose exata para atender as demandas sociais e não uma contabilidade engarrafada às regras empresariais. Mas o (des)governo está vendendo as grandes safras estatais armazenadas pelo sofrido povo brasileiro há decênios, aproximadamente meio século. A diminuição do tamanho do Estado, o chopp quente da suspensão dos direitos sociais dos assalariados e a forte tequila na contenção do consumo deverão, certamente, tornar mais agradáveis e lucrativas as estatais que serão privatizadas e entregues aos investidores alienígenas, que transferem para as tarifas as margens de lucros, que determinam em seus países de origem, aproximadamente em torno de 35% ao mês... os “intocáveis” e inúmeros grupos econômicos com o seu poderio; a nefasta sonegação fiscal, a insustentável concentração de renda, e a ausência total e absoluta de uma real política agrária que priorize a produção de alimentos básicos e a manutenção dos ganhos (R$) de forma racional e sobretudo humana, através de leis rígidas que impeçam as deformações existentes, principalmente no setor público em suas diversificadas áreas e escalões, são freqüentes meneios de um (des)governo embriagado, que desvaloriza totalmente suas atitudes pelo alcoolismo neoliberal - de “araque”.
É fato consumado que não há solução fora do Poder, ou melhor fora da garrafa... (Arthur Monteiro de Carvalho Netto)
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