98 reeducandos não retornam ao IPA

A partir de hoje, os 98 dos 648 reeducandos que não voltaram da saída provisória são considerados fugitivos da Justiça

Noventa e oito dos 648 reeducandos que saíram do Instituto Penal Agrícola (IPA) de Bauru para passar o Natal e o Ano Novo com suas famílias não retornaram ao presídio e agora são considerados foragidos da Justiça. O retorno estava marcado para as 17 horas de anteontem, mas em função de atrasos em ônibus, foi estendido até as 17 horas de ontem.

Portanto, 15% dos reeducandos que tiveram direito à saída provisória no final do ano não retornaram ao IPA no período determinado por lei. De acordo com o diretor do IPA, Gilberto de Assis Oliveira, o percentual de reeducandos que não retornaram das festas está na média dos feriados anteriores.

O diretor ressaltou que alguns dos 98 que não retornaram avisaram, por telefone, o motivo do não comparecimento. Na maioria dos casos, a alegação é que ficaram doente, inclusive que precisaram de internação hospitalar. Ficaram no IPA durante as festas de final de ano apenas 48 reeducandos, que não reuniram as condições exigidas para obter o direito da saída provisória.

Ontem, um ônibus fretado que transportava reeducandos de São Paulo para Bauru quebrou no meio do caminho, o que atrasou o retorno. Hoje, a direção do IPA vai informar à Vara das Execuções Criminais os nomes daqueles que não retornaram. A partir de então, eles serão considerados foragidos da Justiça, podendo ser recapturados se encontrados pela polícia. Oliveira reafirmou que na próxima semana, assim que chegar o laudo da Secretaria Estadual da Administração, será aberta licitação para a reconstrução do alojamento número 5, queimado durante incêndio ocorrido no IPA na semana passada.

O alojamento número 7, que fica ao lado do 5, está interditado por problemas de infiltração de água da chuva na laje e também precisará passar por reformas. Conforme o JC divulgou na edição de ontem, uma oficina e a capela do IPA que não estavam sendo utilizadas foram adaptadas para funcionarem como alojamentos dos reeducandos até a reconstrução do prédio atingido pelo fogo.