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04/01/01 00:00 -

Prefeitura de Botucatu vive

Prefeitura de Botucatu vive

Redação
Botucatu - A impressão que teve ao tomar conhecimento da real situação em que se encontram as finanças do município foi de um “pós-guerra”. A opinião é do chefe de Gabinete e secretário de Planejamento, da nova administração municipal de Botucatu, Osmar de Carvalho Bueno. “A sensação é que acabou a guerra e estamos aqui tentando reerguer o que sobrou”. Além de uma dívida girando em torno de R$ 35 milhões, o novo prefeito Mário Ielo (PT) diz ter encontrado os servidores sem receber, ainda, o 13º salário e falta de dinheiro em caixa para pagar os salários de dezembro.

Em reunião realizada ontem à tarde na Prefeitura, prefeito e secretários definiram que a prioridade neste início de governo será o pagamento do funcionalismo, embora ainda não haja uma previsão de quando haverá dinheiro disponível para isso.

Bueno disse que o correto seria a administração anterior, do prefeito Pedro Losi (PSDB) ter deixado em caixa, o pagamento de pelo menos o salário de dezembro.

O secretário disse que as esperanças, para conseguir os recursos necessários para o pagamento do 13º, estavam depositadas na possibilidade do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Porém, para a infelicidade dos servidores, esse recurso financeiro está retido em razão de débitos não saldados junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O valor retido estaria em torno de R$ 3,7 milhões. Seria o suficiente para cobrir integralmente a folha de pagamento dos servidores, em torno de R$ 2 milhões.

Diante da situação, Bueno diz que através da Secretaria Municipal da Fazenda, a Prefeitura deverá entrar em contato com o Tribunal de Contas do Estado para melhor se informar sobre a questão da responsabilidade sobre a dívida.

O prefeito Ielo diz lamentar que isso tudo esteja acontecendo, porque, segundo ele, os mais prejudicados são os funcionários.

Sem radicalismo

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Botucatu, José Manoel Leme, não vê outra saída a não ser dar um voto de confiança à nova administração que, segundo ele, tem se mostrado bastante acessível e aberta a discussões. Segundo Leme, o ex-prefeito Pedro Losi Neto nunca foi de mostrar muita disposição para o diálogo.

O presidente do Sindicado diz que por enquanto a intenção não é de radicalização e sim de compreensão. “É uma questão de bom senso porque houve uma troca de governo. Esse governo que está começando vai responder pelo erro do outro, mas também não vai poder ser condenado por isso”.




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