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22/01/18 07:00 - Opini�o

A hora e a vez dos neg�cios saud�veis

Paulo Skaf

Definitivamente, 2018 começou diferente, trazendo mais oportunidades, confiança e otimismo. Agora sim dá para começar o ano debatendo assuntos novos, trazendo histórias inspiradoras, mostrando tendências.

No ano passado, quase 1,2 milhão de empresas optaram pelo Simples, um número 20,5% maior que em 2016; no estado de São Paulo a expansão foi ainda mais expressiva (23,2%), com 320 mil pequenos negócios registrados. Com esses índices, o Brasil interrompeu uma trajetória de 24 meses de queda no registro de empresas.

Além disso, o ano passado marcou o início da recuperação da receita dos micro e pequenos empreendimentos paulistas. De acordo com Sebrae-SP, o faturamento desses negócios cresceu pelo nono mês consecutivo em novembro (2,2%), validando nossa projeção de crescimento entre 5,5% e 6% para 2017.

Os microempreendedores individuais (MEIs) também recuperaram o fôlego em 2017, totalizando aumento de 10,5% em novembro. É o quinto mês consecutivo de alta de faturamento dessa parcela de empreendedores, demonstrando que a recuperação da economia está chegando à base do setor produtivo.

A trajetória de restauração econômica impactou fortemente nas expectativas dos empresários. Segundo pesquisa Indicadores Sebrae-SP, em dezembro/17, quase 40% acreditavam na melhora do faturamento para o 1º semestre de 2018 (eram 33% em dezembro de 2016) e 44% apostavam na manutenção da receita nos patamares de dezembro; 35% aguardavam melhora na economia brasileira (contra 26% em dezembro/16) e 43% confiavam na manutenção dos índices macroeconômicos.

No Sebrae-SP sentimos a retomada da confiança, com o aumento substancial de procura por nossos produtos e serviços. Foram mais de 2,4 milhões de atendimentos, 21% a mais que em 2016, a 1 milhão de clientes distintos, sendo realizados 500 mil diagnósticos e 450 mil cursos, oficinas e consultorias. Mais importante que o volume de atendimento foram os resultados relatados pelos empreendedores: 81% dos clientes que aplicaram os conhecimentos recebidos em gestão, marketing, inovação tiveram retorno favorável em seus negócios, seja em produtividade, em lucro e geração de novos empregos. À título de exemplo, somente no programa Setor Segmento, foi apurado entre os participantes o aumento médio de 16% do faturamento real, bem acima dos 6% previstos.

Ao buscar apoio de nossos especialistas para fazer a empresa engrenar em tempos difíceis, os empreendedores também registravam suas reivindicações com relação ao ambiente macroeconômico.

Diziam que não bastava melhorar a gestão e produção da empresa; era preciso que o Brasil (re)encontrasse os trilhos do crescimento. É certo que avançamos com a aprovação da reforma trabalhista, a redução dos juros básicos, o controle dos gastos públicos e da inflação. Mas não o suficiente.

Ainda há buracos a fechar, como a equalização das contas públicas, a diminuição do desemprego, a aprovação da reforma da previdência, ampliação e barateamento do crédito produtivo e a diminuição do custo Brasil - reflexo, entre outras coisas, da alta carga tributária e da complexidade burocrática.

Meu compromisso para 2018 continua sendo trabalhar junto aos governantes, legisladores e lideranças, na promoção de políticas públicas que tirem esse peso das costas do setor produtivo, em especial dos pequenos negócios, deixando o caminho livre para investir no aumento da competitividade, dentro e fora do País.

É a nossa contribuição para que os empreendedores, sem as amarras, continuem sendo protagonistas da retomada da economia, conduzindo negócios saudáveis e lucrativos e, sobretudo, gerando emprego e renda para toda sociedade.





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